O canal estaria cobrando valores altos, em torno de R$ 1,5 por assinante/mês, e exigindo o empacotamento nos canais básicos. Em uma conta rápida, considerando que aproximadamente 2/3 dos 12 milhões de assinantes têm estes pacotes, a conta para as operadoras ficaria em aproximadamente R$ 12 milhões mensais.
"Hoje, o que existe é uma queda de braço, com uma negociação forte por preço e empacotamento", diz a fonte. A solução do impasse passaria tanto por uma adequação do valor mensal quanto do enquadramento do canal em pacotes mais premium. "Não tem nada a ver com a Globo ou qualquer outro tipo de pressão", diz. Com o início dos jogos da Libertadores (principal atração do canal), a estratégia da Fox passou a ser colocar seus sinais nos canais da programadora já distribuídos pelas operadoras, como Speed Channel e FX, e pedir aos assinantes, nas transmissões, que solicitem o canal junto ao operador. O movimento ganhou força nas redes sociais em manifestações que, em sua maioria, creditam à falta de vontade das operadoras a falta de distribuição do Fox Sports. Uma fonte envolvida na negociação diz que estas atitudes estão gerando um certo mal-estar entre as partes.
Do ponto de vista de uma operadora, a entrada do canal nos pacotes básicos é um mau negócio, pois o custo não poderia ser repassado aos assinantes com aumento da mensalidade. Já a entrada em pacotes mais avançados poderia gerar um upgrade de parte da base para estes pacotes, gerando uma receita adicional e cobrindo parte dos custos da programação.
A fonte não se arrisca a prever um prazo para o acerto, mas lembra que há uma pressão forte de tempo, por causa da Libertadores, que já começou. Mas a pressão, diz, vale para os dois lados, canal e operadoras.
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